segunda-feira, julho 22, 2019

Médicos comemoram hoje o Dia Nacional do Cérebro.

Entidades médicas de diferentes países celebram hoje (22) o Dia Mundial do Cérebro. Para marcar a data, a Federação Mundial de Neurologia destacou como tema a enxaqueca, que acomete uma em cada sete pessoas em todo o mundo.

A enxaqueca é classificada como um distúrbio neurológico comum e tem como sintomas cefaleia (dor de cabeça), náuseas (enjoo), vômito, tonturas, formigamento e dormência do corpo e as chamadas "auras", que se manifestam antes ou durante as crises, na forma de pontos luminosos, escuros ou linhas em ziguezague. O quadro também pode abranger sensibilidade a cheiros, à luz ou ao sons, ou seja, o paciente sente uma piora ao ser exposto a determinados odores, a lugares muito claros ou com muito barulho.

Se não tratada adequadamente, a enxaqueca pode se tornar uma doença incapacitante, que pode impedir o paciente de realizar suas tarefas cotidianas. De acordo com a neurologia Márcia Silva Neiva, do Hospital Brasília, isso pode ocorrer tanto quando a crise é aguda como em casos crônicos.

Para os pacientes com enxaqueca, as recomendações são de manter uma boa rotina de sono, que reponha, de fato, as energias; alimentação saudável, sem excessos de gordura e cafeína; e praticar regularmente exercícios físicos. Deve-se, ainda, evitar o uso excessivo de analgésicos (medicamentos prescritos para aliviar a dor), que podem acabar sendo um gatilho de crises. Conforme a Márcia, isso se explica porque há uma sobrecarga do organismo.

"Tem que tomar muito cuidado com os analgésicos, porque, às vezes, o paciente tem uma enxaqueca que não seria de difícil controle, mas começa a se automedicar e toma vários comprimidos durante a semana, para controlar uma dor de cabeça, que ele acha que é normal, e pode causar outra por uso excessivo de analgésicos. O paciente chega nesse ponto - e a maioria que nos procura já está assim - e, geralmente, é um pouquinho mais complicado [tratá-lo]. Quando se toma mais de dois analgésicos por semana, já há um excesso. Esse limiar é muito pequeno", enfatiza a neurologista.

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