O ministro ordenou que os esclarecimentos sejam “detalhados”. Ele também quer ser informado sobre o recebimento e o uso de verbas federais para o combate à pandemia de covid-19. Mussi está responsável pelo plantão do STJ, até o fim de janeiro, e pode decidir nos casos que julgar urgentes.
Mussi recebeu um pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) no sábado (16) para investigar a condução da crise no sistema de saúde pelas autoridades estaduais e municipais do Amazonas, sobretudo em relação à falta de oxigênio nas unidades hospitalares.
Ao atender ao pedido da PGR, Mussi requisitou ainda informações sobre as ações adotadas no combate à pandemia; o número de leitos clínicos e de UTI à disposição; o número de profissionais envolvidos nas ações de combate à pandemia, entre outras informações técnicas sobre as ações de saúde pública desenvolvidas pelo Sistema Único de Saúde.
As apurações correrão no âmbito de um inquérito que já havia sido aberto no STJ para investigar desvios na instalação de um hospital de campanha em Manaus. Na decisão de terça-feira (19), Mussi escreveu que o Ministério Público Federal demonstrou haver a suspeita de “ilegalidades diversas no emprego de recursos federais destinados ao enfrentamento da pandemia".
Em nota, o governo do Amazonas disse que prestará os esclarecimentos pedidos ao STJ em tempo hábil. No texto, o Executivo estadual confirma que foi notificado em 7 de janeiro pela empresa White Martins, fornecedora de oxigênio para o estado, sobre o risco de desabastecimento diante de uma alta repentina na demanda.
"Assim que foi comunicado pela empresa da
dificuldade de atender a demanda, no dia 7 de janeiro, o Governo do
Amazonas reportou a situação ao Ministério da Saúde e iniciou uma
força-tarefa para solucionar o problema, contando com o apoio das Forças
Armadas no transporte de oxigênio de plantas da própria White Martins
em outros estados para Manaus", diz o texto enviado pelo governo do
Amazonas.
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