Um menino
de oito anos morreu e ao menos outras quatro pessoas estão em observação depois
de ingerirem um raticida conhecido como "chumbinho", em Barão do
Triunfo (região metropolitana de Porto Alegre).
A
investigação policial começou logo após a morte de Leonardo Azambuja da Silva,
aluno da Escola Municipal de Ensino Fundamental Princesa Dona Leopoldina, em
Cerro dos Abreus, no interior do município. O menino começou a passar mal na
terça-feira, foi internado em um hospital em Porto Alegre, mas não resistiu.
Na
escola, o delegado que investiga o caso, Pedro Urdangarin, ouviu alunos e
professores e apurou que um grupo de amigos estava ingerindo "granulado de
cor escura, tipo confeito de bolo, com aroma de chocolate e baunilha".
O
material, dividido em pequenos recipientes de vidro, foi entregue a um aluno
por seu pai, um homem de 33 anos, que teria encontrado uma sacola como
carregamento sem saber do que se tratava.
"Esse
veneno, pelas características, trata-se de chumbinho. Ele tem sua
comercialização proibida pela Anvisa [ Agência Nacional de Vigilância Sanitária
] desde 2011. Estamos tentando chegar a uma conclusão, porque o cidadão teria
encontrado a sacola de mercado com cem potes do granulado. Ele teria levado
para a residência, e seus dois filhos começaram a manusear", disse
Urdangarin.
Homicídio
culposo
O veneno
acabou sendo distribuído aos colegas na van que os leva à escola e na própria
instituição. "Um dos filhos teria oferecido para o Leonardo, que ingeriu
em jejum dois potes. Pela manhã ele começou a passar mal e o levaram para o
hospital. Por volta das 15h30 ele morreu", disse o
delegado.
Depois de
saber da morte do menino, o homem que levou para casa o veneno tentou suicídio,
ingerindo o chumbinho com bebida alcoólica. Ele está internado no Hospital de
Pronto Socorro, em Porto Alegre, e, assim que receber alta, prestará
depoimento.
Seu filho
também está hospitalizado. Urdangarin adianta que o homem deve ser indiciado
por homicídio culposo - quando não há intenção de matar. "Ele levou a
substância pra casa, não teve os cuidados, não sabia do que se tratava."
bol.
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