quinta-feira, agosto 22, 2013

Menino de oito anos morre após ingerir veneno de rato distribuído por amigo em escola do RS.

Um menino de oito anos morreu e ao menos outras quatro pessoas estão em observação depois de ingerirem um raticida conhecido como "chumbinho", em Barão do Triunfo (região metropolitana de Porto Alegre).

A investigação policial começou logo após a morte de Leonardo Azambuja da Silva, aluno da Escola Municipal de Ensino Fundamental Princesa Dona Leopoldina, em Cerro dos Abreus, no interior do município. O menino começou a passar mal na terça-feira, foi internado em um hospital em Porto Alegre, mas não resistiu.

Na escola, o delegado que investiga o caso, Pedro Urdangarin, ouviu alunos e professores e apurou que um grupo de amigos estava ingerindo "granulado de cor escura, tipo confeito de bolo, com aroma de chocolate e baunilha".

O material, dividido em pequenos recipientes de vidro, foi entregue a um aluno por seu pai, um homem de 33 anos, que teria encontrado uma sacola como carregamento sem saber do que se tratava. 

"Esse veneno, pelas características, trata-se de chumbinho. Ele tem sua comercialização proibida pela Anvisa [ Agência Nacional de Vigilância Sanitária ] desde 2011. Estamos tentando chegar a uma conclusão, porque o cidadão teria encontrado a sacola de mercado com cem potes do granulado. Ele teria levado para a residência, e seus dois filhos começaram a manusear", disse Urdangarin. 

Homicídio culposo
O veneno acabou sendo distribuído aos colegas na van que os leva à escola e na própria instituição. "Um dos filhos teria oferecido para o Leonardo, que ingeriu em jejum dois potes. Pela manhã ele começou a passar mal e o levaram para o hospital. Por volta das 15h30 ele morreu", disse o delegado.   

Depois de saber da morte do menino, o homem que levou para casa o veneno tentou suicídio, ingerindo o chumbinho com bebida alcoólica. Ele está internado no Hospital de Pronto Socorro, em Porto Alegre, e, assim que receber alta, prestará depoimento.

Seu filho também está hospitalizado. Urdangarin adianta que o homem deve ser indiciado por homicídio culposo - quando não há intenção de matar. "Ele levou a substância pra casa, não teve os cuidados, não sabia do que se tratava." bol.

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