Tinga sofre racismo no peru
A presidente Dilma Rousseff classificou
nesta quinta-feira (13), em mensagens publicadas em seu perfil no
microblog Twitter, de “lamentável” o fato de torcedores do Real
Garcilaso, do Peru, terem reproduzido sons de macacos no momento em que
o jogador brasileiro Tinga, do Cruzeiro, tocava na bola, durante
partida entre as duas equipes pela Taça Libertadores da América. Campeão
da última edição do Campeonato Brasileiro, o time de Minas Gerais estreou ontem quarta (12) na competição continental na cidade peruana de Huancayo.
“Foi lamentável o episódio de racismo
contra o jogador Tinga, do Cruzeiro, no jogo de ontem [quarta], no Peru.
(…) Ao sair do jogo, Tinga disse q trocaria seus títulos por um mundo
c/ igualdade entre as raças”, publicou a presidente na rede social.
Segundo a presidente da República, o
Brasil, atualmente, está “fechado” com o jogador do Cruzeiro. “Acertei
com a ONU e a FIFA, que a nossa #CopaDasCopas também será a
#CopaContraORacismo”, publicou Dilma.
A presidente também usou sua conta no microblog para afirmar que o esporte não deve ser, “jamais”, palco para o preconceito.
Situações como a que ocorreu com Tinga
já ocorreram também com outros jogadores negros que atuam na Europa. Em
2011, o ex-lateral-esquerdo da Seleção Roberto Carlos foi vítima de atos
de racismo na Rússia, na época em que atuava pelo Anzhi. Na ocasião,
torcedores do Krylya Sovetov atiraram bananas dentro do campo para
hostilizar o jogador brasileiro.
Racismo na Libertadores
Aos 21 minutos do segundo tempo, o veterano volante Tinga, de 36 anos, entrou em campo em substituição a Ricardo Goulart. A partir deste momento, em todas as vezes que Tinga tocava na bola, a torcida adversária imitava um macaco.
Aos 21 minutos do segundo tempo, o veterano volante Tinga, de 36 anos, entrou em campo em substituição a Ricardo Goulart. A partir deste momento, em todas as vezes que Tinga tocava na bola, a torcida adversária imitava um macaco.
Ao final da partida, o jogador do
Cruzeiro, que é negro, lamentou o episódio. “Eu queria não ganhar todos
os títulos da minha carreira e ganhar o título contra o preconceito
contra esses atos racistas. Trocaria por um mundo com igualdade entre
todas as raças e classes”, disse.
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