Iogurte com pouca gordura pode evitar diabetes tipo 2, sugere pesquisa
Uma nova pesquisa da Universidade de
Cambridge, na Grã-Bretanha, sugere que o iogurte pode ser um aliado no
combate ao diabetes tipo 2. O estudo comparou os hábitos alimentares de
pessoas com e sem a doença e descobriu que a prevalência do diabetes é
significativamente menor entre aquelas que consomem iogurte com baixo
teor de gordura ao menos quatro vezes por semana.
Existem dois fatores capazes de aumentar
o risco de diabetes tipo 2: o genético, ou seja, ter histórico da
doença na família, e o ambiental, que são problemas como má alimentação,
excesso de peso e sedentarismo. Não há nada que uma pessoa possa fazer
em relação à sua predisposição genética para a doença, mas adquirir
hábitos saudáveis podem diminuir consideravelmente as chances de ela se
desenvolver.
Para realizar o estudo, os pesquisadores
coletaram dados de um levantamento feito na Inglaterra. Eles compararam
os hábitos alimentares de 753 pessoas com diabetes tipo 2 aos de 3 500
indivíduos livres da doença. Os resultados foram publicados na edição
deste mês do periódico Diabetologia.
A pesquisa não
identificou uma relação de causa e efeito entre o alimento e o diabetes –
ou seja, não descobriu os mecanismos que podem fazer com que o iogurte
diminua o risco da doença. Porém, os autores destacam que o iogurte
contém nutrientes essenciais à saúde, como cálcio, vitamina D e ácidos
graxos. Além disso, a equipe acredita que os probióticos – bactérias “do
bem” presentes no alimento — tenham um papel fundamental nesse efeito
benéfico. Estudos recentes já associaram os probióticos à redução de
inflamações no intestino e de problemas como diarreia causada por
antibiótico e complicações gastrointestinais em bebês.
De acordo com a pesquisa, o consumo de
quatro copos de 125 gramas de iogurte por semana reduz em até 28% o
risco de diabetes tipo 2. O estudo também descobriu que, de maneira
geral, outros laticínios com baixo teor de gordura, como queijo cottage,
podem diminuir essas chances em até 24%. Os autores não encontraram
relação entre a redução do risco da doença e o consumo de laticínios com
maior teor de gordura.
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