O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski,
afirmou na madrugada desta sexta-feira (15) que atos imputados à
presidente Dilma Rousseff no processo de impeachment em curso no
Congresso poderão ser contestados na Corte. Com isso, os ministros
poderão analisar, por exemplo, se as chamadas "pedaladas fiscais" são
crime.
Lewandowski se manifestou ao final de um julgamento de mais de sete horas sobre como será a votação do impeachment no plenário da Câmara. O Supremo decidiu manter a ordem e a forma como a Câmara definiu que será a votação. Além disso, a Corte rejeitou pedido da Advocacia-Geral da União para suspender a sessão da Câmara que decidirá sobre o impeachment no domingo.
Lewandowski se manifestou ao final de um julgamento de mais de sete horas sobre como será a votação do impeachment no plenário da Câmara. O Supremo decidiu manter a ordem e a forma como a Câmara definiu que será a votação. Além disso, a Corte rejeitou pedido da Advocacia-Geral da União para suspender a sessão da Câmara que decidirá sobre o impeachment no domingo.
"Que fique essa fundamentação na ata, que acabo de explicitar, para que
essa questão da tipificação possa eventualmente ser reexaminada no
momento oportuno. [...] Não fechamos a porta para uma eventual
contestação no que diz respeito à tipificação dos atos imputados à
senhora presidente no momento adequado", afirmou Lewandowski.
A declaração do ministro deixa margem para o governo questionar no
Supremo se acusações contra Dilma no processo – a prática das chamadas
"pedaladas fiscais" (uso de bancos públicos para bancar programas
sociais) e a assinatura de decretos de Dilma que abriram créditos
incompatíveis com a meta fiscal – poderão ou não ser caracterizadas como
crimes de reponsabilidade. Somente esse tipo de crime justifica o
impedimento de um presidente da República.
Após o julgamento nesta sexta-feira, o advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo, que faz a defesa de Dilma, disse ter considerado o resultado "extremamente positivo". Apesar de o STF ter rejeitado a suspensão da votação na Câmara, os ministros fixaram que a análise pelo plenário da Câmara deverá levar em conta somente as acusações acolhidas por Eduardo Cunha – os decretos de créditos suplementares e as "pedaladas fiscais".
Após o julgamento nesta sexta-feira, o advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo, que faz a defesa de Dilma, disse ter considerado o resultado "extremamente positivo". Apesar de o STF ter rejeitado a suspensão da votação na Câmara, os ministros fixaram que a análise pelo plenário da Câmara deverá levar em conta somente as acusações acolhidas por Eduardo Cunha – os decretos de créditos suplementares e as "pedaladas fiscais".
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