Pelo menos duas pessoas morreram e 45
ficaram feridas pelo terremoto de magnitude 6,5 que derrubou casas e
deformou rodovias no sul do Japão na noite desta quinta-feira (14), em
horário local. Equipes de resgate estão em busca de moradores que
ficaram presos em casas que desmoronaram depois do tremor.
As duas vítimas são da cidade de
Mashiki, a mais afetada, que fica cerca de 15 quilômetros a leste de
Kumamoto, na ilha de Kyushu, informou Takayuki Matsushita, autoridade de
gestão de desastres da prefeitura de Kumamoto. Uma das vítimas morreu
após ter sido resgatada dos escombros e a outra não resistiu a um
incêndio. Uma terceira pessoa resgatada está no hospital com falência do
coração e do pulmão.
Matsushita afirmou que as operações de
resgate foram repetidamente interrompidas por tremores secundários. O
terremoto ocorreu às 21h26 (horário local) a uma profundidade de 11
quilômetros, segundo a Agência Meteorológica do Japão. Não foi acionado
alerta de tsunami.
“O tremor foi tão violento que não
consegui ficar em pé”, contou Hironobu Kosaki, policial de Kumamoto.
Dezenas de pessoas saíram de casa e se reuniram nas ruas de Mashiki,
algumas se aquecendo enroladas em cobertores.
O chefe de gabinete do governo japonês,
Yoshihide Suga, afirmou que pelo menos 19 casas desmoronaram e centenas
de chamados relatando danos em edifícios e pessoas presas sob escombros
foram registrados. “Por causa da escuridão da noite, a extensão dos
danos ainda não está clara”, disse.
O primeiro-ministro Shinzo Abe disse a
repórteres que o governo mobilizou a polícia, bombeiros e tropas de
defesa para a operação de resgate. “Vamos realizar as operações durante a
noite”, afirmou.
De acordo com Suga, nenhuma anormalidade
foi registrada perto de instalações nucleares. O epicentro do terremoto
ocorreu a 120 quilômetros da usina nuclear Sendai, da Kyushu Electric
Power, a única em operação no país. A maioria dos reatores nucleares do
Japão está desativada desde o terremoto de magnitude 9,0 ocorrido em
2011, que provocou um violento tsunami.
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