O número de empresas inadimplentes
aumentou 5,28% em janeiro, em comparação com o mesmo período do ano
passado, de acordo com o indicador divulgado hoje (24) pelo Serviço de
Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de
Dirigentes Lojistas (CNDL). O crescimento do número de pessoas jurídicas
negativadas perdeu força em 2016 – em janeiro do ano passado, a
variação anual foi 3,52%.
Levando em consideração os dados das
cinco regiões brasileiras, o indicador demonstrou que o Nordeste teve o
maior avanço do número de pessoas jurídicas negativadas em relação a
janeiro do ano passado (6,70%), seguido pelo Norte (5,39%), Sudeste
(5,29%), Centro-Oeste (4,47%) e Sul (3,17%).
No entanto, o Sudeste teve a maior
concentração de dívidas registradas pelas empresas – 43,72% do total de
registros do país pertence a empresas da região. Isso se explica pelo
fato de a região ter a maior participação no PIB (soma de todos os bens e
serviços produzidos no país) brasileiro.
Segundo o presidente da CNDL, Honório
Pinheiro, o abrandamento no aumento da inadimplência, mesmo em meio à
crise, tem motivo. “Há dois movimentos diferentes hoje no país. O
primeiro é a redução da capacidade de pagamento das empresas, que tem a
tendência de elevar o número de contas pendentes. O segundo é a
restrição ao crédito, que reduz o estoque de dívidas limitando o
crescimento da inadimplência. Este segundo tem prevalecido”, disse, em
nota.
Houve também aumento de 3,45% na
quantidade de dívidas em atraso em nome de pessoas jurídicas, na
comparação com janeiro de 2016. Ainda assim, o número também está em
patamar baixo em relação à série histórica.
Além disso, o indicador mostrou que o
número de dívidas mais recentes tem caído, enquanto o de dívidas antigas
tem crescido. O número de dívidas atrasadas em até 90 dias caiu
-19,94%, enquanto pendências entre 1 e 3 anos aumentou 21,29%.
O número de empresas devedoras por setor
indica que o segmento de serviços (que engloba bancos e instituições
financeiras) teve a maior alta de empresas negativadas em janeiro de
2017 na comparação com o mesmo período do ano anterior (8,00%), seguido
de indústria (4,78%) e comércio (4,12%).
O indicador de inadimplência das empresas
resume todas as informações disponíveis nas bases de dados do SPC
Brasil e da CNDL. As informações disponíveis referem-se a capitais e
cidades do interior das 27 unidades da federação. Via PnoAR.
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