O presidente Michel Temer vai destinar R$ 1 bilhão para a intervenção
militar no sistema de segurança do Rio de Janeiro. A informação foi
confirmada hoje (20) pela Secretaria de Comunicação Social (Secom) da
Presidência da República. A previsão anterior do governo abrangia R$ 800
milhões.
O valor está aquém do divulgado pelo interventor federal, general
Walter Braga Netto, que disse nessa segunda-feira (19) que a intervenção
precisa de R$ 3,1 bilhões para cobrir dívidas com fornecedores e botar
os salários em dia na área de segurança pública. Desse valor, R$ 1,5
bilhão teria que ser liberado ainda este ano, segundo ele.
A
conta foi apresentada por Braga Netto em reunião com deputados federais
do Rio. Segundo parlamentares que participaram do encontro, o
interventor apresentou a necessidade de obter R$ 1,5 bilhão para as
ações necessárias para este ano e R$ 1,6 bilhão para passivos já
existentes na segurança pública do estado.
O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles,
disse ontem que esses recursos poderão vir da reoneração da folha de
pagamento de setores empresariais, cujo projeto de lei tramita no
Congresso Nacional.
O Projeto de Lei (PL) 8.456/17 trata da
redução das renúncias fiscais sobre folhas de pagamento, prevendo o fim
da desoneração de determinados setores da economia. A intenção é, com a
chamada reoneração, aumentar a arrecadação do governo. O projeto é uma
das 15 prioridades elencadas pela presidente Michel Temer para
equilibrar as contas alternativas, com o adiamento da votação da reforma
da Previdência.
O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo
Maia, disse também ontem que a diferença de valores nos recursos da
intervenção entre o que estima o governo, em torno de R$ 800 milhões, e o
que pede o interventor, pode ser resolvida com a discussão de projetos
que já tramitam na Câmara e com a medida provisória do Executivo
alocando recursos para a área de segurança. “Vai passar pelo Congresso e
a gente põe pouco mais do que R$ 800 milhões”, disse.
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