Um ataque a tiros na madrugada de hoje (28) ao acampamento onde
apoiadores do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva fazem vigília
desde sua prisão, em Curitiba, deixou duas pessoas feridas, de acordo
com a coordenação do movimento. A Polícia Militar de Curitiba confirma a
ocorrência de tiros na região e informou que o caso está em
investigação. Ainda não há informações sobre a autoria dos disparos.
A coordenação do Acampamento Lula Livre divulgou que Jeferson Lima de
Menezes, de São Paulo, foi atingido por um tiro no pescoço e está
internado em estado grave. Os tiros foram disparados entre 3h e 4h da
manhã.
A presidente do PT, Gleisi Hoffmann, divulgou um vídeo na página do
partido relatando o episódio e disse que, momentos antes do ataque,
pessoas haviam passado várias vezes pelo local gritando e se
manifestando de forma contrária à mobilização. “A situação de violência e
intolerância no país está muito grave, não podemos aceitar isso”, disse
Gleisi no vídeo. Segundo ela, Jeferson Lima é do movimento sindical de
São Paulo.
Em nota, a Secretaria de Segurança Pública informou que, segundo as
primeiras informações, uma pessoa a pé efetuou disparos de arma de fogo
contra o acampamento de simpatizantes do ex-presidente Lula. A
secretaria confirma que uma pessoa baleada foi levada ao hospital e que
um tiro acertou um banheiro químico e os estilhaços feriram uma mulher
no ombro, sem gravidade. De acordo com a nota, no local foram recolhidas
cápsulas de pistola 9 mm e um inquérito foi aberto para apurar o caso.
A nota da coordenação do acampamento diz que a violência contra os
apoiadores de Lula não vai diminuir a mobilização e que o local vai
receber grande quantidade de pessoas no feriado do 1° de maio, Dia do
Trabalhador.
O ex-presidente Lula chegou à carceragem da Polícia Federal, em
Curitiba, no dia 7 de abril. Desde então, manifestações pró e contra
Lula ocorrem na cidade.
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