O pódio, nos Estados Unidos, é verde e
amarelo. Deu Brasil no primeiro e no terceiro lugar da maior competição
de robótica do mundo, o World Festival, em Houston. A equipe Red Rabbit,
formada por alunos do SESI de Americana (SP), conquistou o título de
grande campeã, dentre 108 equipes de diversos países. “É um momento
muito especial. A gente praticou muito para chegar neste resultado”,
disse, em lágrimas, o estudante Mateus Duarte, 15 anos, celebrando o
primeiro lugar geral.
Para o diretor de Operações do SESI,
Paulo Mól, a conquista coloca a instituição como referência mundial no
ensino da robótica educacional. “Os campeões mundiais de robótica são do
SESI. E claro, isso é resultado de um trabalho árduo de alunos, pais,
professores e instrutores, que se dedicam incansavelmente a cada
temporada”, diz.
A disputa, no estado do Texas, é
considerada a Copa do Mundo da robótica. A premiação foi realizada neste
sábado (21). “É algo que a gente nem imaginava. Mas essa vitória veio
do trabalho em equipe e da nossa união”, comemorou outro integrante da
Red Rabbit, Luigi Fagundes, 12 anos.
Para o técnico do time, Denis Santana, a
atual temporada foi a mais difícil que já participou. “A gente não
desanimou em momento algum e conseguimos este resultado”.
A supremacia do SESI ficou ainda mais
evidente com a conquista também do terceiro lugar geral, com as meninas
da equipe Jedi’s, do SESI de Jundiaí (SP). Foi um fim de tarde
emocionante no World Festival. Para o técnico da equipe, Clayton Júnior,
a conquista é reflexo de muito trabalho e dedicação durante a
temporada.
“É muito gratificante. As meninas foram
extremamente dedicadas e se doaram muito. Agora vamos descansar uns
dias e já começar a planejar a próxima temporada”, afirma. Uma
curiosidade é que a equipe Jedi’s é formado apenas por meninas. O
técnico explicou que isso não é regra, foi apenas uma coincidência que,
nesta temporada, apenas elas fossem aprovadas no processo seletivo do
time.
E não para por aí. O SESI ainda levou
outros dois prêmios na disputa. A equipe Big Bang, do SESI de Birigui
(SP), ficou em primeiro lugar na apresentação do projeto de pesquisa.
Já a equipe Thunderbóticos, do SESI de Rio Claro (SP), conquistou o
segundo lugar em programação do robô.
TRAJETÓRIA – Na
temporada 2017/2018, o SESI realizou 13 torneios regionais, que reuniu
mais de 5 mil alunos de todo o Brasil. Na etapa nacional, em março, em
Curitiba, a equipe Thunderbóticos, do SESI de Rio Claro (SP), conquistou
o primeiro lugar, dentre as 83 participantes de 20 estados.
A Jedi’s, de Jundiaí (SP), que ficou em
terceiro agora em Houston, havia ficado em segundo lugar na etapa
brasileira. A Red Rabbits, agora campeã do mundo, foi uma das dez
classificadas para participar de torneios internacionais após o ótimo
desempenho no Paraná.
O QUE É O TORNEIO – O
Torneio de Robótica FIRST LEGO League é um programa internacional de
exploração científica, que promove o ensino de ciência, tecnologia,
engenharia, artes e matemática no ambiente escolar e contribui para o
desenvolvimento de competências e habilidades comportamentais para a
vida. A cada ano o torneio estimula o trabalho colaborativo, a
criatividade e traz desafios do mundo real para os alunos.
Criado em 1998 pela FIRST – uma
organização não governamental – em parceria com o Grupo LEGO, a
competição propõe que estudantes sejam apresentados ao mundo da ciência e
da tecnologia de forma divertida, por meio da construção e programação
de robôs feitos inteiramente com peças da tecnologia LEGO Mindstorm. No
Brasil, desde 2013, o SESI é a instituição responsável pela organização
do torneio (etapas regionais e nacional). Mais de 17 mil alunos
brasileiros já participaram da disputa.
AS TAREFAS – Em cada
torneio, os estudantes precisam realizar quatro tarefas. Uma delas é o
Desafio do Robô, quando os estudantes colocam os robôs de Lego para
cumprir determinadas missões. Para realizar as tarefas, o robô pode
capturar, transportar, ativar ou entregar objetos na mesa de competição.
Tudo de forma lúdica, simulando situações reais.
Na temporada atual, por exemplo, com o
tema água, os robôs tiveram de fazer coisas como remover um cano
quebrado, virar tampas de bueiro e mover bombas de água. As equipes têm
direito a três rounds, de 2 minutos e 30 segundos cada, para execução.
Os robôs, projetados e construídos pelos
próprios alunos, também são avaliados na categoria Design do Robô. Os
times podem utilizar sensores de movimento, cor, toque, controladores e
motores. Os juízes levam tudo isso em consideração, além da estratégia e
programação.
Conta pontos ainda o Projeto de Pesquisa
com uma solução inovadora sobre o uso da água. Pode ser, por exemplo, na
produção de alimentos ou na geração de energia. A solução deve ser
compartilhada com os outros competidores e será avaliada pelos juízes.
Por fim, na categoria Core Values, os estudantes precisam mostrar que
sabem trabalhar em equipe.
QUEM PODE PARTICIPAR? – A
competição é voltada para estudantes de 9 a 16 anos, de escolas
públicas ou particulares. Grupos de amigos também podem montar seus
times, são as chamadas equipes de “garagem”. O SESI recomenda o número
mínimo de 4 competidores, além de dois treinadores adultos. Primeiro as
equipes se inscrevem para a fase regional. Os melhores times desta
etapa, garantem vaga na disputa nacional. A próxima temporada será
lançada em agosto deste ano.
ROBÓTICA EM SALA DE AULA –
O SESI adota a robótica educacional em sala de aula desde 2006.
Atualmente, todas as 459 escolas do SESI que atuam com ensino
fundamental e médio do país ofertam a robótica. São quase 190 mil
alunos.
SAIBA MAIS – Acompanhe a cobertura completa da participação brasileira no World Festival na Agência CNI de Notícias e no perfil do Torneio de Robótica no Facebook e Instagram.
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