Mais de 40% de crianças e adolescentes de até 14 anos vivem em
situação domiciliar de pobreza no Brasil, o que representa 17,3 milhões
de jovens. Em relação àqueles em extrema pobreza, o número chega a 5,8
milhões de jovens, ou seja, 13,5%. O que caracteriza a população como
pobres e extremamente pobres é rendimento mensal domiciliar per capita
de até meio e até um quarto de salário mínimo, respectivamente.
Os dados são da publicação “Cenário da Infância e da Adolescência no
Brasil”, que será divulgado amanhã (24) pela Fundação Abrinq. O estudo
relaciona indicadores sociais aos Objetivos de Desenvolvimento
Sustentável (ODS), da Organização das Nações Unidas (ONU), compromisso
global para a promoção de metas de desenvolvimento até 2030, do qual o
Brasil é signatário junto a outros 192 países.
“Algumas metas [dos ODS] certamente o Brasil não vai conseguir
cumprir, a menos que invista mais em políticas públicas voltadas para
populações mais vulneráveis. Sem investimento, fica muito difícil
cumprir esse acordo”, avaliou Heloisa Oliveira, administradora executiva
da Fundação Abrinq. “Se não houver um investimento maciço em políticas
sociais básicas voltadas à infância, ficamos muito distantes de cumprir o
acordo”.
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