Desde 6 de junho, o ex-presidente da Câmara e deputado por 11
mandatos consecutivos, Henrique Eduardo Alves (MDB), está preso, acusado
de corrupção e recebimento de propina, durante investigações da
Operação Manus, um dos desdobramentos da Lava Jato. Ele é suspeito de
receber R$ 11,5 milhões de empreiteiras e está detido na Academia de
Polícia da PM do Rio Grande do Norte.
E ao contrário do ex-presidente Lula, preso na sede da
superintendência da Polícia Federal em Curitiba, que está praticamente
em isolamento, pois a Justiça não permite quase nenhuma visita, Henrique
Alves vem recebendo tratamento diferenciado.
Em entrevista a Julia Affonso, para o Estado de S.Paulo, o procurador
da República Rodrigo Telles revela que “apenas durante os dois
primeiros meses de prisão preventiva, ele (Henrique Eduardo Alves) teve
mais do que 400 visitas, sem um maior controle quanto ao ingresso de
pessoas com instrumentos de comunicação como telefones celulares, o que
seria impensável em um sistema prisional comum, ao qual se destina a
maioria das pessoas”, afirma.
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