O Corpo de Bombeiros atualizou no início da noite de hoje (1º) o
número de pessoas que ainda não foram localizadas pela equipe de
assistência social e que podem estar nos escombros do prédio ocupado por
moradores sem-teto no Largo Paissandu, centro da capital paulista, e
que desabou na madrugada de hoje (1°). De acordo com o capitão Marcus
Palumbo, porta-voz da corporação, são 34 os desaparecidos. O número
inicial era 45, mas 11 se apresentaram.
Essas pessoas constam no cadastro de moradores do prédio feito pela
prefeitura, mas não há confirmação de que elas estavam na hora do
incêndio e posterior desabamento. A única pessoa confirmada como
desaparecida é a que estava sendo resgatada pelos bombeiros quando o
prédio desabou. Ele já está incluído na soma das 34 pessoas.
“Não temos nenhum indício de que elas estejam lá. Indício, por
exemplo, é o depoimento de alguma pessoa que viu alguém ficar para trás,
que sabia que ela morava no andar de cima. São pessoas que não se
apresentaram para a assistência social”, disse Palumbo. Ele informou que
podem ser moradores de rua eventuais, frequentadores do prédio ou mesmo
pessoas que já deixaram o local.
O capitão acrescentou que, apesar de o número de desaparecidos não
estar confirmado, o procedimento de busca permanece o mesmo,
independentemente do número de pessoas. “Em relação à operação não muda
nada. A gente tem uma vítima que estava para ser resgatada pelo sargento
Diego, mas não teve possibilidade de salvamento.”
De acordo com o porta-vov do Corpo de Bombeiros, as buscas estão
sendo feitas considerando que a vítima ainda pode estar com vida. “Não
podemos perder a possibilidade de localizar essa vítima sem que haja uma
movimentação estrutural brusca. Se mexo com retroescavadeira, pode
alterar algum ponto, como um bolsão de ar em que essa vítima possa
estar.” Somente serão usados aparelhos pesados, como restroescavadeiras
após 48 horas do desmoronamento.
Marcus Palumbo informou que o trabalho dos bombeiros seguirá pela
madrugada com pelos menos 100 homens. “O pouco que avançarmos, mesmo que
não seja a melhor condição, já será importante.” As equipes chegaram a
usar cães farejadores, mas, por causa do barulho e da fumaça, não houve
grandes avanços com o auxílio deles.
Palumbo afirmou que a partir de agora o trabalho será por quadrantes, separando a área em quatro para facilitar as buscas.
“O quadrante da igreja tem o melhor acesso e eu consigo remover
melhor os escombros. Ali, vamos começar a fazer trabalho de retirada. A
gente busca algum indício. Nesse local estava a corda usada para tentar
salvar o homem que está desaparecido.”
Para o capitão, a retirada dos escombros deve durar pelo menos uma semana.
Nenhum comentário:
Postar um comentário