Sabe-se somente agora que a Polícia Federal tinha um "plano B" caso o
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidisse não cumprir o ultimato
para se entregar no fim da tarde de 7 de abril.
Segundo relatos, a estratégia da PF já estava pronta para ser deflagrada depois que militantes impediram a saída de Lula do Sindicato dos Metalúrgicos em São Bernardo.
A ordem era cercar o sindicado com a ajuda da Polícia Militar e
esvaziar todas as ruas próximas. Diante disso, seria cortado o
fornecimento de luz e água para o prédio que abrigava Lula.
A Polícia Federal também recebeu a informação que, no fim da tarde,
havia mais militantes dentro do prédio do sindicato do que do lado de
fora. Com isso, a determinação era não entrar no local para prender
Lula.
Para integrantes da PF, a ação de militantes para barrar a saída de
Lula do local no fim da tarde daquele sábado foi uma manobra para
retardar a prisão.
O episódio causou grande desconforto entre os negociadores da prisão de
Lula, pois foi visto como uma tentativa de burlar o acordo estabelecido
para Lula se entregar de forma espontânea.
Como Lula se entregou, o "plano B" não precisou ser colocado em
prática, até porque os advogados que estavam negociando pelo
ex-presidente conseguiram contornar a situação depois do ultimato da
Polícia Federal.
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