O cliente bancário está cada vez mais migrando para os serviços de
mobile banking (aplicativos de celular). Pesquisa de Tecnologia Bancária
2018, da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), divulgada nesta
quinta-feira (3), apontou um crescimento de 70% nas transações
financeiras por aplicativos de celular no ano passado, impulsionado pelo
pagamento de contas (85%), transferências/DOC/TED (45%), contratação de
crédito (141%) e investimentos/aplicações (42%).
Os clientes bancários realizaram 25,6 bilhões de transações por
mobile no último ano, uma alta de 38% em relação a 2016. A modalidade
equivale a 35% do total de 71,8 bilhões de operações bancárias no ano
passado.
A participação do mobile no total das transações bancárias cresceu
3,5 vezes em relação a 2011, confirmando como a opção preferida para
realizar operações bancárias. A internet banking, por exemplo, não
apresentou o mesmo crescimento significativo das operações por celular.
Foram realizadas 15,8 bilhões de transações (2%) por esse meio. O número
de transações com movimentação financeira aumentou 6%, de 3,4 bilhões
de operações em 2016 para 3,6 bilhões em 2017.
Juntos, mobile e internet banking contabilizam 5,3 bilhões de
operações com movimentação financeira em 2017. No geral, os dois canais
representam 58% de participação no total das operações (com ou sem
movimentação financeira).
De acordo com a Febraban, os investimentos e despesas em tecnologia
feitos pelo setor financeiro somaram R$ 19,5 bilhões em 2017, um aumento
de 5% em relação ao ano anterior. O setor financeiro divide a liderança
dos investimentos em tecnologia com o governo, que, historicamente,
lidera os investimentos no segmento.
As transações bancárias em 2017 somaram 71,8 bilhões, com alta de 10%
para os 65,4 bilhões de 2016. Os investimentos com software, que
avançaram 15% em relação a 2016, representam metade do orçamento dos
bancos em tecnologia. Hardware consumiu 32% dos investimentos, e
telecom, 18%.
Redução de agências
Em 2017, o número de agências tradicionais teve uma ligeira queda. A
pesquisa Febraban apontou que a redução ocorre pelas recentes
aquisições, com as consequentes eliminações de agências por conta das
sobreposições existentes na rede. O número de postos especializados de
atendimento bancário (PABs) teve um aumento de 3% em 2017, enquanto o
número de postos de atendimento eletrônico (PAEs) teve um movimento
oposto, com uma queda de 6%.
A pesquisa é realizada há 26 anos e contou com a participação de 24 bancos.
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