O consumo de gás natural no Brasil aumentou 9% no primeiro trimestre
deste ano, na comparação com o mesmo período de 2017, informou nesta
segunda-feira (21) a Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras
de Gás Canalizado (Abegás). Os números, entretanto, apontam para uma
redução em março, quando o consumo foi de 57.381 milhões de metros
cúbicos por dia, contra 60.496 milhões de metros cúbicos por dia em
fevereiro.
O levantamento levou em conta dados consolidados de concessionárias
em 20 estados, reunindo informações de diversos segmentos: residencial,
comercial e automotivo, entre outros. Segundo a Abegás, no segmento
residencial, o índice subiu 19,6%, como “reflexo dos investimentos das
concessionárias nas respectivas redes de distribuição”. No setor
comercial, a alta foi de 9,3%.
No segmento industrial, o setor automotivo puxou o crescimento do
consumo com acréscimo de 8,3% no primeiro trimestre do ano. Com isso, a
indústria apresentou expansão de 6,7% no primeiro trimestre em relação
ao mesmo período de 2017. Na comparação de março com fevereiro deste
ano, os dados, mais uma vez, mostram retração de 2,8% no consumo na
comparação com o mês anterior.
Na geração elétrica, houve crescimento de 21,7% na comparação do
primeiro trimestre de 2018 com o mesmo período de 2017. A retração em
março foi de 10% em relação a fevereiro.
Dentre as regiões do país, a maior expansão do consumo residencial
ficou com o Centro-Oeste, onde houve aumento de 13,5% em relação ao
primeiro trimestre do ano passado. No segmento comercial, a maior alta
foi de 22,4%, registrada no Sul do país.
Para a Abegás, os dados mostram que houve retomada “consistente do
consumo em relação a 2017”. A associação defende o aumento de medidas
para estimular o incremento da infraestrutura de escoamento e em
instalações de processamento do gás natural.
O balanço divulgado hoje pela Abegás mostra ainda que o número de
consumidores de gás natural cresceu 7,3% nos últimos 12 meses, levando o
setor energético a mais de 3,3 milhões de clientes. Na geração
elétrica, o crescimento foi de 21,7%.
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