A Justiça Federal em São Paulo determinou a prisão preventiva, que
tem prazo indeterminado, de Laurence Casagrande Lourenço, ex-diretor
presidente da Dersa, empresa do governo estadual que atua na construção
de rodovias, e de Pedro da Silva, ex-diretor da companhia. Eles estavam
presos temporariamente desde o dia 21 de junho no curso da Operação Pedra no Caminho da Polícia Federal, que investiga desvio de R$ 600 milhões na construção do trecho norte do Rodoanel, em São Paulo.
Na mesma decisão, a juíza titular da 5ª Vara Criminal de São Paulo,
Maria Isabel do Prado, determinou que fossem soltos cinco investigados:
Pedro Paulo Dantas Amaral, gestor do empreendimento Rodoanel Trecho
Norte; Benedito Aparecido Trida, engenheiro fiscal da Construtora OAS;
Adriano Francisco Trassi, engenheiro fiscal da Acciona Infraestruturas;
Edison Mineiro Ferreira dos Santos, engenheiro fiscal do Consórcio
Mendes Júnior-Isolux Corsan; e Valdir dos Santos Paula, que não pertence
a nenhuma das empreiteiras, mas atuou, segundo as investigações, na
movimentação de dinheiro nas contas das empresas SCJ Agropecuária e
Stars Bar.
Entre as justificativas expostas pela juíza para a conversão da
prisão temporária de Laurence Lourenço e Pedro da Silva em preventiva
está o fato de que os investigados não se afastaram de cargos e funções
públicas, “sendo Laurence, até o dia do cumprimento das medidas,
presidente da Companhia Energética de São Paulo”. Ela coloca ainda o
risco de destruição de provas, coação de testemunhas, obstrução das
investigações, alienação de bens originadas na atividade ilícita, além
da prática de outros delitos.
Para os demais investigados, a decisão determina, entre outras
medidas, o comparecimento mensal em juízo, proibição de frequentar
endereços da Dersa, proibição de contato com qualquer funcionário ou
ex-funcionário da estatal, proibição de deixar o país, suspensão das
funções públicas e atividades de natureza econômica que tenham relação
com as obras do Rodoanel Norte ou qualquer outra que envolva recursos
públicos.
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