Quatro entidades de classe da Polícia Civil do Rio se manifestaram
hoje (28) contra a morte do inspetor da Polícia Civil, Eduardo Freire
Guedes Filho, o Paquetá, morto ontem (27) na porta de casa, no Engenho
de Dentro, zona norte do Rio, por um criminoso que tentou roubar seu
cordão de ouro.
No mesmo dia, o oficial de cartório da Polícia Civil, Marcus Aurélio
Garcia, morreu com seis tiros ao sofrer uma emboscada, quando ia para
20ª Delegacia Policial, em Vila Isabel, onde era lotado. "Esses atos são
praticados por criminosos que, convictos da impunidade, atacam os
agentes da lei impiedosamente. Difícil não acreditar que os policiais
são caçados deliberadamente em nosso Estado quando os ataques se tornam
comuns, à luz do dia e na porta de casa ou no deslocamento ao trabalho",
diz uma nota conjunta das entidades.
De acordo com o comunicado, nos dois casos não foram registradas,
mais uma vez, manifestações de ONGs, movimentos sociais, comissões de
Direitos Humanos, especialistas, interventores, governador, entre outras
autoridades.
Segundo a nota, a sensação geral dentro da Polícia Civil é que seus
integrantes estão largados à própria sorte, sem qualquer respeito a seus
direitos fundamentais. “É preciso menos palavras e mais ações, a defesa
institucional não pode ser feita exclusivamente pelas entidades de
classe”. Segundo a nota, os gestores precisam se posicionar claramente e
em defesa dos policiais e não apenas em casos de repercussão pela
pressão de movimentos sociais.
O comunicado cita o empenho na elucidação do crime da vereadora
Marielle Franco. “Se Marielle está presente, os policiais e pais de
família Xingu, Lemos e Paquetá não estão? As dezenas de colegas PMs
também não estão presentes? Estes são os nossos heróis, abandonados
pelos governantes, números nas estatísticas, mas nunca esquecidos por
seus irmãos de farda e distintivo!Enquanto isso a Defensoria Pública
está mais preocupada em retirar a cobertura aérea que protege os
policiais e os cidadãos nas operações em áreas de altíssimo risco.” Via A.B.
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