sexta-feira, junho 29, 2018

PF pede prorrogação de inquérito que envolve Temer

A Polícia Federal pediu ao STF (Supremo Tribunal Federal) mais 60 dias para concluir as investigações no inquérito que apura se o presidente Michel Temer favoreceu empresas do setor portuário ao assinar um decreto em maio de 2017.

O prazo de investigação termina, em tese, na primeira semana de julho.

A investigação foi aberta em setembro de 2017 para apurar se Temer recebeu vantagem indevida de empresas beneficiadas pela medida.

No entanto, a PF ainda não conseguiu concluir a análise do material e já havia pedido prorrogação do inquérito anteriormente. O relator do caso no Supremo é o ministro Luís Roberto Barroso.

No âmbito do inquérito está uma reforma feita na casa de Maristela Temer, filha do presidente. A obra levantou a suspeita de que o presidente tenha lavado dinheiro de propina com reformas em imóveis de familiares e em transações imobiliárias em nomes de terceiros, na tentativa de ocultar bens.

A reforma é investigada sob a suspeita de que tenha sido bancada por suborno direcionado a Temer por meio do coronel João Baptista Lima, amigo do emedebista.

Depoimentos colhidos até agora pela Polícia Federal nesse inquérito contradizem a versão dada pela filha do presidente aos investigadores, a de que o gasto na obra ficou em torno de R$ 700 mil.

Um dos fornecedores da reforma, Luiz Eduardo Visani, por exemplo, diz ter recebido R$ 950 mil em dinheiro vivo na sede a Argeplan. Outro, Antonio Carlos Pinto Júnior, fala em R$ 120 mil.
Segundo os relatos colhidos pela PF até agora, a obra custou pelo menos R$ 1,2 milhão.

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