A Polícia Federal pediu ao STF (Supremo Tribunal Federal)
mais 60 dias para concluir as investigações no inquérito que apura se o
presidente Michel Temer favoreceu empresas do setor portuário ao
assinar um decreto em maio de 2017.
O prazo de investigação termina, em tese, na primeira semana de julho.
A investigação foi aberta em setembro de 2017 para apurar se Temer recebeu vantagem indevida de empresas beneficiadas pela medida.
No entanto, a PF ainda não conseguiu concluir a análise do material e
já havia pedido prorrogação do inquérito anteriormente. O relator do
caso no Supremo é o ministro Luís Roberto Barroso.
No âmbito do inquérito está uma reforma feita na casa de Maristela
Temer, filha do presidente. A obra levantou a suspeita de que o
presidente tenha lavado dinheiro de propina com reformas em imóveis de
familiares e em transações imobiliárias em nomes de terceiros, na
tentativa de ocultar bens.
A reforma é investigada sob a suspeita de que tenha sido bancada por
suborno direcionado a Temer por meio do coronel João Baptista Lima,
amigo do emedebista.
Depoimentos colhidos até agora pela Polícia Federal nesse inquérito
contradizem a versão dada pela filha do presidente aos investigadores, a
de que o gasto na obra ficou em torno de R$ 700 mil.
Um dos fornecedores da reforma, Luiz Eduardo Visani, por exemplo, diz
ter recebido R$ 950 mil em dinheiro vivo na sede a Argeplan. Outro,
Antonio Carlos Pinto Júnior, fala em R$ 120 mil.
Segundo os relatos colhidos pela PF até agora, a obra custou pelo menos R$ 1,2 milhão.
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