Entre as 19h de domingo (7) e as 15h de quinta-feira (11), usuários
do Twitter movimentaram a rede com 2,7 milhões de postagens relacionadas
a ataques motivados por divergências político-ideológicas, no contexto
das eleições, e relatos de pessoas que temem se tornar alvo desse tipo
de agressão. De acordo com a Diretoria de Análise de Políticas Públicas
(Dapp), da Fundação Getúlio Vargas (FGV), que produziu o mapeamento, a
parcela populacional que mais manifestou apreensão diante das
ocorrências foram pessoas LGBTI+, negros e mulheres.
O pico de publicações veiculadas com esse teor foi identificado já na
primeira hora de análise, período em que se registrou uma média de 3,2
mil tweets – como são chamadas as micropostagens do Twitter – por
minuto. Nesse momento, informou o Dapp, houve predominância de tweets de
usuários que faziam menção ao medo diante dos resultados do primeiro
turno.
No dia seguinte, o assunto mais comentado no Twitter foi a morte do
capoeirista Mestre Moa, citado em 112 mil postagens. Um grande volume de
denúncias sobre outros casos e compartilhamentos de conteúdos que
noticiavam agressões a jornalistas e eleitores do Partido dos
Trabalhadores (PT) também foi identificado, segundo a Dapp.
Na data, postagens repercutindo incidentes de violência psicológica e
moral, como ofensas virtuais e ameaças também se multiplicaram na rede,
evidenciando que as vítimas têm sido agredidas nas ruas e nos mais
diversos locais, incluindo o transporte público e seu próprio local de
trabalho. Ao mesmo tempo, usuários da rede divulgaram campanhas e
iniciativas como forma de encorajá-las a denunciar formalmente os
agressores.
Nenhum comentário:
Postar um comentário