Produtores e exportadores brasileiros de café esperam que o novo governo
atue para concluir o acordo comercial entre o Mercosul e a União
Europeia (UE). Conforme os termos estabelecidos nas negociações até o
fim do ano passado, as partes deixarão de cobrar tarifas para o café
solúvel em até quatro anos após a assinatura do tratado.
Atualmente, a tarifa cobrada pela União Europeia é de 9%. A taxação
favorece o principal concorrente brasileiro, a Colômbia, que exporta
para 28 países sem os mesmos custos aduaneiros.
“Isso é uma desvantagem muito grande”, afirma o presidente executivo do Conselho Nacional do Café, Silas Brasileiro, que deve levar o assunto para a reunião de fevereiro do Conselho Deliberativo da Política do Café (CDPC), que funciona dentro do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
“Isso é uma desvantagem muito grande”, afirma o presidente executivo do Conselho Nacional do Café, Silas Brasileiro, que deve levar o assunto para a reunião de fevereiro do Conselho Deliberativo da Política do Café (CDPC), que funciona dentro do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
“De um a dez, estamos no nove para fechar o acordo”, avalia o diretor
de Relações Institucionais da Associação Brasileira da Indústria de
Café Solúvel (Abics), Agnaldo Lima.
Segundo Lima, a atuação conjunta das áreas econômicas do governo e da diplomacia foi eficiente nas negociações sobre o café com os europeus. “Os produtos brasileiros que mais enfrentam resistência na Comissão Europeia para ter um acordo são açúcar, álcool e carne. Não o café.”
Segundo Lima, a atuação conjunta das áreas econômicas do governo e da diplomacia foi eficiente nas negociações sobre o café com os europeus. “Os produtos brasileiros que mais enfrentam resistência na Comissão Europeia para ter um acordo são açúcar, álcool e carne. Não o café.”
O mercado europeu é estratégico para a ampliação das exportações de
café solúvel. Nenhum país da União Europeia ocupa posição entre os 10
principais destinos dos produtos brasileiros. Até novembro de 2018, os
três maiores compradores de café solúvel do Brasil foram os Estados
Unidos (591 mil sacas de 60 kg); Rússia (404 mil sacas) e Japão (269mil
sacas).
Em todo o ano passado, as exportações de café solúvel
(industrializado) renderam mais de US$ 526 milhões. O valor é quase nove
vezes menor do que o país obteve com a venda de café cru em grão, para o
qual a União Europeia não cobra tarifa.
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