Duas gémeas de dois anos que
estavam unidas pelo cérebro e pelos vasos sanguíneos foram separadas
com sucesso depois de terem sido submetidas a três grandes operações num
hospital de Londres. As cirurgias a Safa e Marwa Ullah, do
Paquistão, foram descritas como tendo sido uma "viagem longa e
complexa".
Ocorreram ainda pequenos procedimentos e os especialistas levaram a
cabo mais de 50 horas de operações que envolveram 100 funcionários.
As gêmeas siamesas, cujo pai morreu, receberam alta a 1 de julho e estão
agora a receber fisioterapia diária como parte da sua reabilitação.
A
mãe, Zainab Bibi, de 34 anos, garantiu que a família "está em dívida
para com o hospital e os funcionários", conta a Sky News. "Gostávamos de
lhes agradecer por tudo o que têm feito. Estamos extremamente
entusiasmados pelo futuro", acrescentou.
Os gémeos siameses são raros, afetam apenas 1 em cada 2,5 milhões de nascimentos.
As
meninas, que nasceram por cesariana, foram submetidas à primeira
cirurgia em outubro do ano passado quando tinham 19 meses e foram
finalmente separadas em fevereiro deste ano.
Os médicos usaram
realidade virtual para criarem uma réplica exata da anatomia das
crianças de forma a visualizarem a complexa estrutura do seu crânio, bem
como é que o seu cérebro e vasos sanguíneos estavam posicionados. Com
recurso a impressão 3D criaram modelos em plástico das estruturas que
usaram para praticar.
Na primeira operação separaram os vasos sanguíneos e inseriram um
pedaço de plástico nas suas cabeças para que os cérebros e vasos não se
voltassem a unir. Na operação final construíram novos crânios com
recurso ao seu próprio osso.
O mesmo hospital - Great Ormond Street - já tinha conseguido com sucesso separar gémeos siameses idênticos em 2006 e 2011.
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