sexta-feira, agosto 02, 2019

Relatório tem mais de 900 denúncias de agressão a presos no Rio.

Levantamento da Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro mostra que, em um período de 10 meses, três pessoas por dia denunciaram terem sido agredidas física ou psicologicamente após prisão em flagrante.

O estudo abrange os meses de agosto de 2018 a maio deste ano e contabiliza 931 relatos de agressão. Parte dos relatos foi denunciada durante audiências de custódia.

O estudo será apresentado hoje (2) no Seminário pelo Fim da Tortura, que ocorre na sede do órgão, no centro do Rio de Janeiro.

Policiais militares foram apontados como os agressores em 82% dos casos denunciados, com 687 denúncias. Policiais civis seriam os agressores em 60; guardas municipais e agentes penitenciários, em 15; e militares do Exército, em 14.

Segundo os denunciantes, 760 agressões ocorreram no local da prisão em flagrante, enquanto 36 teriam sido cometidas já nas delegacias. A unidade prisional e a viatura policial também figuram entre os locais com mais denúncias, com 19 e 13 casos, respectivamente.

A defensora pública Mariana Castro afirmou que os números apontam para a necessidade de mudanças na formação dos policiais militares e do combate à lógica de guerra contra o crime. "Isso inclui um discurso de relativização dos direitos do inimigo."

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