Ele
nem chega perto do Papai Noel, mas o papa Francisco recebe tanta
correspondência que o pequeno escritório que cuida das cartas está
lotado e fazendo hora extra. "A maioria é pedido de conforto e orações",
disse o monsenhor Giuliano Gallorini, chefe do escritório, à Televisão
do Vaticano. O setor recebe cerca de 30 sacos, ou cerca de 6.000 cartas
por semana, o que perfaz um total anual de mais 300 mil cartas. O
correio dos Estados Unidos diz receber milhões de cartas endereçadas ao
Papai Noel todo ano.
Gallorini e uma equipe de três mulheres,
incluindo uma freira, trabalham em uma sala pequena e apertada na qual
caixas de papelão etiquetadas por língua estão espalhadas no chão e nas
mesas. "Elas são sinal dos tempos difíceis em que vivemos. Muitas
tratam de dificuldades, sobretudo doenças. Pedem orações para doenças.
Descrevem suas situações econômicas difíceis", disse Gallorini.
As cartas mais urgentes e pessoais são repassadas aos dois padres-secretários particulares do papa para que ele as receba. "São aquelas um pouco mais delicadas, que têm a ver com questões de consciência",
afirmou Gallorini. Cartas sobre dificuldades econômicas são enviadas às
entidades católicas de caridade para que decidam como as pessoas podem
ser ajudadas. O papa tuíta, mas não segue ninguém. Não tem endereço de
email e gosta de receber o que um assessor veterano chamou de "a velha e
boa carta".
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