Por Fernando Mineiro (Deputado Estadual PT-RN)
Em vez de
olhar para frente, o chapão da acomodação entre o PMDB e seus aliados olha para
trás: tem o apoio dos 7 ex-governadores que vêm do passado para oferecer ao
povo as mesmas e não cumpridas promessas de futuro.
Começando
por Lavoisier Maia, nomeado governador pela ditadura militar, que sucedeu Tarcísio
Maia, pai de José Agripino, prefeito biônico de Natal, também nomeado pelo
regime militar, o palanque do acordão
é uma rede de nomes, sobrenomes, parentescos, correligionários e ex-adversários
novos correligionários.
Dele não
faz parte, ainda, a atual governadora do DEM, que recebeu apoio do PMDB até o
ano passado, mas que hoje tem a rejeição da imensa maioria dos
norte-rio-grandenses e até do seu próprio partido.
Os grandes
ausentes do palanque do acordão são
os projetos ou as propostas para enfrentar os verdadeiros problemas do Estado,
agravados ainda mais nos últimos 4 anos.
Nada une o
palanque do acordão a não ser o medo
político um do outro, a desconfiança mútua entre seus membros e o vergonhoso rateio
das vagas em disputa nas próximas eleições.
Mas a
falta mais sentida neste palanque do
acordão, onde se fazem ironicamente presentes todos os responsáveis pelos destinos do Estado em quase meio
século, é o povo – os interesses justos e as necessidades reais do povo, que
sabe, hoje, não existir melhor palanque do que as ruas, e que vai saber enfrentar
e derrotar tamanha desfaçatez política, escolhendo entre a mesmice e a
possibilidade real de mudança.
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