O júri acatou a
tese do Ministério Público de que o mecânico teria cometido homicídio
triplamente qualificado: motivo torpe, emprego de meio cruel e não
possibilidade de defesa das vítimas. Chagas também foi condenado pelo
crime vilipêndio (desrespeito) a cadáver, com pena de 6 anos e nove
meses na soma dos casos. De acordo com a acusação, a atuação de
Francisco era semelhante em quase todos os casos: ele atraía as crianças
para áreas de matagal com a falsa promessa de recompensas e praticava
os crimes, que teriam ocorrido entre 1991 e 2002.
Desde 2004 o
mecânico está preso no Complexo Penitenciário de Pedrinhas, no Maranhão.
Sua última condenação aconteceu na 1ª Vara de São José de Ribamar, em
2012, quando foi considerado culpado pelo assassinato, por afogamento em
um brejo, de uma criança, de 9 anos, que teria sido convidada para
apanhar buriti - fruto de uma palmeira nativa.
Chagas responde
por 25 processos, que tramitam na 1ª e 2ª varas de São José de Ribamar,
na 1ª Vara de Paço do Lumiar e 9ª Vara Criminal de São Luís. Nas varas
de São José de Ribamar existem 14 processos contra o mecânico e outros
nove processos em Paço do Lumiar. De acordo com o MP, o mecânico teria
assassinado pelo menos 42 meninos: 30 moravam no Maranhão, na região da
Ilha de São Luís, e 12 no Pará. Todas as vítimas tinham o mesmo perfil,
com idade máxima de 15 anos e eram de famílias pobres.
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