Já virou rotina. Entra ano, sai ano, o Campeonato Paulista é recebido
com má vontade. Critica-se a forma de disputa, que sempre tem grupos
desequilibrados; o excesso de times (20) e, por consequência, de jogos; e
o baixo nível técnico, entre outros fatores. No entanto, o torcedor
parece estar curtindo o torneio de 2015. Nas sete primeiras rodadas, a
média de público é 22% maior do que a do torneio de 2014. São 6.920
pagantes por partida, ante 5.675 do ano passado.
É claro que os clubes grandes salvam a pátria, num campeonato que vez
ou outra registra público inferior a mil pessoas. Juntos os quatro têm
média de 15.096 torcedores por jogo. Mas quem tem contribuído mesmo para
este sucesso de público são Palmeiras e Corinthians. Quando um deles
joga em casa é garantia de estádio cheio.
Dois fatores explicam a média de 21.626 pagantes por jogo de
Corinthians e de 20.856 de Palmeiras (o confronto contra o Bragantino,
realizado neste sábado, não está incluído): o fato de ambos estarem
atuando em suas novas arenas e de terem programas de sócio-torcedor
bastante eficientes. “Levar bom público ao estádio depende do rendimento
do time, mas a associação das novas arenas com o sócio-torcedor tem
grande influência (para o sucesso de público)”, diz o consultor Amir
Somoggi.
Gerente de operações do Itaquerão, Lúcio Blanco destaca que o
aperfeiçoamento do processo de venda de ingressos contribuiu para o
aumento de público – em casa, o time tem média de 27.361 pagantes/jogo
neste Paulistão. “Sem dúvida a arena é um atrativo mas a cada ano a
gente vai ajustando o processo e apresentando de forma clara a política
de preços.”
Neste início de 2015 uma novidade atraiu os fãs, sobretudo os do
programa Fiel Torcedor: um pacote com os oito jogos do time em Itaquera
na primeira fase do Paulista, além do amistoso contra o Casuals e do
jogo com o Once Caldas na fase preliminar da Libertadores. “E teve plano
em que o desconto para o comprador foi de 70%. No plano de R$ 50, o
desconto chegou a 50%”, afirma Blanco. “Com isso, garantimos público no
estádio e receita.”
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