O Palácio do Planalto confirmou nesta quinta-feira (15/12) que o presidente Michel Temer se encontrou em 2010 no seu escritório político em São Paulo com o ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ), acompanhado de um "empresário" que estava interessado em ajudar campanhas do PMDB.
A manifestação do governo foi em resposta a reportagens publicadas nos
sites da revista Veja e do jornal Folha de S.Paulo, que afirmam que
Márcio Faria, ex-presidente da Odebrecht
Engenharia Industrial, relatou em delação premiada que Temer e Cunha
pediram recursos para a campanha eleitoral daquele ano em troca de
beneficiar a empreiteira em contratos com a Petrobras.
O executivo terminou nesta quinta a fase de depoimento ao Ministério Público Federal.
O Planalto afirmou que Temer "imagina" que o encontro em 2010 tenha
sido com Faria, mas o presidente "não tem certeza porque não se lembra
direito".
Esta é a segunda colaboração de funcionários da
Odebrecht em que Temer é citado. Em sua delação, o ex-diretor de
Relações Institucionais da empreiteira Cláudio Melo Filho disse que o peemedebista pediu a Marcelo Odebrecht R$ 10 milhões para as campanhas do partido em 2014 durante encontro no Palácio do Jaburu. Neste caso não há, até o momento, vinculação da doação com contrapartida em obras.
Já
na delação de Faria, segundo a Folha de S.Paulo, a liberação de
recursos para as campanhas estaria relacionada a benefícios à Odebrecht
nas obras do projeto Plano de Ação de Certificação em Segurança, Meio
Ambiente e Saúde (PAC SMS) da Petrobras. À época, Temer era deputado
federal e candidato a vice-presidente na chapa da petista Dilma Rousseff. Cunha era candidato à reeleição na Câmara. Via G1.
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