Os israelenses paralisaram suas atividades hoje (12) durante dois
minutos, enquanto as alarmes antiaéreos em todo o país foram acionados
para lembrar e honrar os seis milhões de judeus mortos pelo nazismo no
Dia de Lembrança do Holocausto.
"Quando chega este dia e as
sirenes soam fico todo arrepiado", disse à agência de notícias EFE
Yaakov Hazon, segundos depois de a sirene desligar e a rua recuperar sua
agitação normal.
"E nesses minutos penso naquele genocídio em massa e em toda essa gente que não chegou a conhecer Israel", lamentou Hazon.
Às
dez da manhã, Israel parou: os ônibus e carros pararam em ruas e
estradas, alguns motoristas permaneceram dentro dos veículos e outros
saíram em atitude coletiva. Alguns transeuntes se emocionaram, outros
rezaram e muitos filmaram com seus telefones.
Décadas depois da
libertação dos campos de extermínio nazista na Segunda Guerra Mundial, o
Dia de Lembrança do Holocausto é marcado com solenidades em Israel; na
tarde anterior, lojas, restaurantes e comércio em geral fecham e durante
24 horas a televisão e a rádio transmitem programas relacionados com a
Shoah (Holocausto em hebraico).
A data é lembrada no mesmo dia em
que aconteceu a revolta do gueto de Varsóvia, a rebelião judia
malsucedida contra os nazistas da Polônia ocupada de 1943 para impedir a
transferência do que restava da população para o campo de extermínio de
Treblinka.
Aquela revolta teve um papel importante na
subsequente identidade judaica e israelense, que desenvolveu o princípio
de que nunca mais os judeus ficariam indefesos frente à aniquilação.
Ao longo do dia de hoje haverá cerimônias por todo o país, em escolas, instituições públicas e bases militares.
A
maioria dos colégios inclui em seus atos a presença de alguns dos 200
mil sobreviventes que ainda restam em Israel e que lhes relatam a sua
história.
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