A força-tarefa da Operação Lava Jato do Ministério Público
Federal (MPF) em São Paulo requereu à Procuradoria-Geral da República o
inquérito que investiga o ex-governador paulista Geraldo Alckmin. Em
ofício encaminhado ontem (9), o MPF pede a transferência da apuração
para São Paulo "com urgência, tendo em vista o andamento avançado de
outras apurações correlatas sob nossa responsabilidade".
Alckmin
renunciou ao cargo de governador de São Paulo no último dia 6 de abril.
Ele pretende disputar a indicação de seu partido para concorrer à
presidência da República. Ao renunciar, Alckmin perdeu o foro por
prerrogativa de função, e pode agora ser investigado pela força-tarefa
da Lava Jato em São Paulo.
A investigação contra o ex-governador
de São Paulo foi aberta a partir da petição 6.639 do Supremo Tribunal
Federal (STF) encaminhada pelo ministro Edson Fachin à Corte Especial do
Superior Tribunal de Justiça (STJ).
Segundo o MPF, depoimentos
de colaboradores da Operação Lava Jato – Benedicto Barbosa da Silva
Junior (responsável pelo setor de pagamento de propinas da construtora
Odebrecht), Carlos Armando Guedes Paschoal (ex-diretor da Odebrecht em
São Paulo) e Arnaldo Cumplido de Souza e Silva (responsável da Odebrecht
pelo contrato de construção da Linha 6 do Metrô de São Paulo) –
indicaram o repasse irregular de recursos para Alckmin a título de
contribuição eleitoral. As doações ilegais teriam contado com a
participação do cunhado do ex-governador, Adhemar César Ribeiro.
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