A desigualdade aumentou em quatro das cinco grandes regiões do
Brasil, na passagem de 2016 para 2017, segundo os dados da Pesquisa
Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua divulgados pelo
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O Índice de Gini – indicador mede a desigualdade de renda – referente
ao rendimento médio real domiciliar per capita manteve-se em 0,549 em
2017. A estabilidade em comparação ao ano anterior ocorreu por conta de
uma queda na região Sudeste, onde o Gini passou de 0,535 em 2016 para
0,529 no ano passado. Em todas as demais regiões, porém, houve piora.
Numa escala de 0 a 1, quanto maior o indicador, pior é a distribuição
dos rendimentos. No Nordeste, o Gini subiu de 0,555 em 2016 para 0,567
em 2017; no Norte, passou de 0,539 para 0,544; no Sul, de 0,473 para
0,477; e no Centro-Oeste, de 0,523 para 0,536.
No ano passado, os 10% da população com os menores rendimentos
detinham apenas 0,7% de toda a massa de renda do País. Já os 10% com
maior renda concentravam 43,3% de toda a riqueza, montante superior à
massa detida por 80% da população com renda mais baixa.
Na passagem de 2016 para 2017, tanto o rendimento médio quanto a
massa de renda diminuíram, embora a virada de ano tenha marcado o fim do
período de recessão econômica no País.
A renda média mensal real per capita foi de R$ 1.271 no ano passado,
ante R$ 1.285 em 2016. A massa de rendimento médio mensal real
domiciliar per capita foi de R$ 263,1 bilhões em 2017, após ter
alcançado R$ 263,9 bilhões no ano anterior.
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