terça-feira, abril 10, 2018

Série cristã discute dilemas de adolescentes no mundo tecnológico

Por que uma série cristã precisa discutir os dilemas de crianças e adolescentes no mundo virtual? Porque o assunto faz parte da vida deles. Pesquisa TIC Kids Online, divulgada pelo Comitê Gestor da Internet no Brasil, aponta que 82% das crianças e adolescentes entre 9 e 17 anos no brasil são usuários de internet. Uma outra pesquisa, da Intel Security, em nível mundial, mostrou que pelo menos 66% adolescentes entre 8 e 16 anos de idade (em um universo pesquisado de 507) afirmaram ter presenciado agressões nas mídias sociais.

E quando se fala de dependência tecnológica, outro fenômeno associado ao grande fluxo de crianças e adolescentes no universo digital, os dados são igualmente contundentes. Avaliação da Universidade Federal de São Paulo apurou que, entre 264 estudantes na faixa de 13 a 17 anos, 68% puderam ser classificados como dependentes moderados das tecnologias, enquanto 20% se mostraram graves dependentes.

– 10 – A vida não é um jogo
É nesse contexto que a plataforma Feliz 7 Play lançou mais uma série, nesta sexta-feira, dia 6, dessa vez com a intenção de discutir o assunto. A produção – 10 – A vida não é um jogo promete abordar a temática da relação entre adolescentes e tecnologia por um olhar cristão. A roteirista Luciana Costa explica que a ideia foi mostrar como a rotina de um grupo de adolescentes se transforma depois que um deles decide participar de um jogo online. Esse jogo é baseado no cumprimento de desafios estipulados por administradores anônimos. “Como, eu tenho uma filha adolescente, converso muito com ela, vejo que o avanço da tecnologia tem uma ligação direta com esta geração, conectada 24 horas por dia, na maioria das vezes”, ressalta.

10 capítulos com 10 minutos
A nova série, produzida por Feliz 7 Play e Seven Filmes, tem 10 capítulos, de aproximadamente 10 minutos cada. No elenco, dois atores, Lyvia Maschio, que faz a personagem Clara e Renato Cavalcanti, que interpreta Caio, são experientes por conta da participação em outras produções. A série trata, portanto, de temas atuais e controversos como o perigo das redes sociais, questões familiares, amizade, bullying, em uma linguagem totalmente voltada a esse público mais adolescente.

A intenção da série, para Luciana, é provocar reflexão e fazer as pessoas pensarem até que ponto as pessoas são manipuladas, dominadas, influenciadas pelas redes sociais e, também, a respeito das consequências dos seus atos.

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