Por que uma série cristã precisa discutir os dilemas de crianças e
adolescentes no mundo virtual? Porque o assunto faz parte da vida deles.
Pesquisa TIC Kids Online, divulgada pelo Comitê Gestor da Internet no
Brasil, aponta que 82% das crianças e adolescentes entre 9 e 17 anos no
brasil são usuários de internet. Uma outra pesquisa, da Intel Security,
em nível mundial, mostrou que pelo menos 66% adolescentes entre 8 e 16
anos de idade (em um universo pesquisado de 507) afirmaram ter
presenciado agressões nas mídias sociais.
E quando se fala de dependência tecnológica, outro fenômeno associado
ao grande fluxo de crianças e adolescentes no universo digital, os
dados são igualmente contundentes. Avaliação da Universidade Federal de
São Paulo apurou que, entre 264 estudantes na faixa de 13 a 17 anos, 68%
puderam ser classificados como dependentes moderados das tecnologias,
enquanto 20% se mostraram graves dependentes.
– 10 – A vida não é um jogo
É nesse contexto que a plataforma Feliz 7 Play lançou mais uma série,
nesta sexta-feira, dia 6, dessa vez com a intenção de discutir o
assunto. A produção – 10 – A vida não é um jogo promete abordar a
temática da relação entre adolescentes e tecnologia por um olhar
cristão. A roteirista Luciana Costa explica que a ideia foi mostrar como
a rotina de um grupo de adolescentes se transforma depois que um deles
decide participar de um jogo online. Esse jogo é baseado no cumprimento
de desafios estipulados por administradores anônimos. “Como, eu tenho
uma filha adolescente, converso muito com ela, vejo que o avanço da
tecnologia tem uma ligação direta com esta geração, conectada 24 horas
por dia, na maioria das vezes”, ressalta.
10 capítulos com 10 minutos
A nova série, produzida por Feliz 7 Play e Seven Filmes, tem 10
capítulos, de aproximadamente 10 minutos cada. No elenco, dois atores,
Lyvia Maschio, que faz a personagem Clara e Renato Cavalcanti, que
interpreta Caio, são experientes por conta da participação em outras
produções. A série trata, portanto, de temas atuais e controversos como o
perigo das redes sociais, questões familiares, amizade, bullying, em
uma linguagem totalmente voltada a esse público mais adolescente.
A intenção da série, para Luciana, é provocar reflexão e fazer as
pessoas pensarem até que ponto as pessoas são manipuladas, dominadas,
influenciadas pelas redes sociais e, também, a respeito das
consequências dos seus atos.
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