Várias agências da Organização das Naçãoes Unidas (ONU), entre eles a
Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Escritório de Coordenação de
Assuntos Humanitários (Ocha), reafirmaram hoje (10) que, apesar das
informações que recebem sobre o suposto ataque químico na cidade síria
de Duma, não podem verificá-las devido à falta de acesso.
A
porta-voz da ONU em Genebra, Alessandra Vellucci, lembrou que o
secretário-geral, António Guterres, disse que a organização multilateral
"não está em posição de verificar estas informações" sobre o ataque
químico em Duma, o que não quer dizer que as ignore.
O porta-voz
do Ocha, Jens Laerke, ressaltou que as agências da ONU não estão em
Duma. "Ghouta Oriental ainda se encontra assediada. Estamos em locais
fora de Ghouta Oriental aos quais temos acesso", afirmou Laerke, que
indicou que existe um "mecanismo para tentar investigar o que ocorreu".
Os
Estados Unidos propuseram uma resolução ao Conselho de Segurança da ONU
para iniciar um novo mecanismo internacional que determine
responsabilidades pelo uso de armas químicas na Síria, enquanto a
Organização para a Proibição de Armas Químicas (Opaq) anunciou que
investiga o ocorrido.
A Sociedade Médica Síria Americana (Sams,
na sigla em inglês) e a Defesa Civil Síria, ambas organizações apoiadas
pelos EUA, apontam que pelo menos 42 pessoas morreram no sábado (7) com
sintomas de intoxicação por substâncias tóxicas no reduto opositor sírio
de Duma.
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