Com queda de preços de 15,42%, as passagens aéreas foram o item que teve
maior impacto no recuo da taxa de inflação de 0,32%, em fevereiro, para
0,09%, em março deste ano. De acordo com o Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE), a queda de preços para março era
esperada, já que os meses anteriores (janeiro e fevereiro) são de férias
escolares e março é mês de volta às aulas, quando a demanda por
passagens se reduz. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo
(IPCA), que mede a inflação oficial do país, foi divulgado hoje (10)
pelo IBGE.
Com a queda das passagens e o recuo de 0,19% do preço da gasolina, o
grupo transportes teve deflação (queda de preços) de 0,25%. Outro grupo
de despesa com deflação foi comunicação, com recuo de 0,33%.
Por
outro lado, o grupo de despesas saúde e cuidados pessoais, teve alta de
0,48%, com o maior impacto na inflação de março. O principal responsável
pela alta dos gastos com saúde foi o item plano de saúde (1,06%).
O
item individual que mais contribuiu para a inflação em março, no
entanto, foi o das frutas, que tiveram alta de preços de 5,32%. Os
preços dos alimentos como um todo subiram 0,07% no último mês.
Os
gastos com habitação também tiveram impacto importante na inflação do
mês, com taxa de 0,19%, influenciados principalmente pelo aumento do
custo com energia elétrica, de 0,67%. A variação de preços pode ser
explicada pelos reajustes de 9,09% e de 21,46% nas duas concessionárias
de energia do Rio de Janeiro.
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