Vinte e cinco africanos e dois brasileiros foram resgatados na noite
do dia (19) em alto mar por um barco pesqueiro cearense e levados para
o cais de São José de Ribamar, no Maranhão.
Os imigrantes são de nacionalidades diferentes: do Senegal, da
Nigéria, da Guiné, de Serra Leoa e do Cabo Verde. São homens com idades
entre 19 e 35 anos em busca de trabalho e melhores condições de vida.
Eles teriam ficado 35 dias à deriva no mar em uma embarcação precária.
De acordo com o secretário de Direitos Humanos do Maranhão, Francisco
Gonçalves, os resgatados foram encaminhados para atendimento médico, a
maioria com quadro de desidratação e pressão alta. "No governo do estado
do Maranhão, a pedido do governo federal, nós estamos colaborando com
as ações humanitárias, conforme prevê a legislação internacional, no que
diz respeito à saúde, alimentação e abrigo, local para eles dormirem,
até que a autoridade federal defina a situação deles no Brasil", diz o
secretário.
Os dois brasileiros resgatados foram presos em flagrante pela Polícia
Federal e serão processados por transporte internacional ilegal de
pessoas.
O delegado da Polícia Federal Francisco Robério Chaves conta que o
destino dos africanos seria a cidade de Natal (RN). De lá, eles
seguiriam para o Rio de Janeiro e para São Paulo, em busca de emprego.
"Eles vieram tentar a sorte, encontraram lá um intermediário e pagaram
cerca de mil euros para fazer esse trajeto."
Os imigrantes estão em um abrigo em São Luís do Maranhão e tentam
regularizar a entrada no país. Uma equipe multidisciplinar do Centro
Estadual de Apoio às Vítimas presta apoio psicológico no local. A
documentação e o pedido de refúgio serão analisados pelo Ministério da
Justiça.
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