Com a chegada da primavera, que tem início às 22h53 de amanhã (22),
as regiões Sudeste e Centro-Oeste devem observar um aumento
significativo do volume de chuvas, comum para a estação. O período
também é marcado pela alta incidência de raios, fazendo do Brasil o
líder mundial na ocorrência desse fenômeno. Segundo levantamento feito
pelo Grupo de Eletricidade Atmosférica (Elat) do Instituto Nacional de
Pesquisas Espaciais (Inpe) no ano passado, a média anual de raios a
atingirem o país, nos últimos seis anos, foi de 77,8 milhões.
De acordo com a pesquisa, os estados onde há maior incidência de
raios por quilômetro quadrado são Tocantins (17,1), Amazonas (15,8),
Acre (15,8), Maranhão (13,3), Pará (12,4), Rondônia (11,4), Mato Grosso
(11,1), Roraima (7,9), Piauí (7,7) e São Paulo (5,2). A cidade de São
Paulo está entre as cinco capitais com maior densidade de raios por
quilômetro quadrado (13,26), atrás de Rio Branco (30,13), Palmas
(19,21), Manaus (18,93), São Luiz (15,12) e Belém (14,47). Entre as
cidades com mais de 650 mil habitantes Osasco, Santo André, São Bernardo
do Campo e Guarulhos, todas na região metropolitana de São Paulo,
apresentam valores de densidade acima de 10, como consequência da
urbanização.
“O Brasil é o campeão mundial em incidência de raios porque é o maior
país da região tropical do planeta, o mais quente e por isso favorece a
formação de tempestade. Os raios são mais frequentes na primavera e no
verão porque são as estações mais quentes. Mas existem diferenças entre
uma região e outra. Quando se fala de morte por raio fala-se de uma
combinação de alta incidência [de raios] com grande número de pessoas”,
explicou o coordenador do Elat, Osmar Pinto Júnior.
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