A Justiça do Paraná decretou a prisão preventiva de três funcionários
do Centro de Encomendas Internacionais dos Correios, em Pinhais, no
Paraná, que foram detidos temporariamente no último dia 28. De acordo
com a Polícia Federal (PF) em Curitiba, a decisão ocorreu depois de
feitos interrogatórios, análise do material aprendido e indiciamento dos
acusados.
“A PF apurou que os trabalhadores violavam correspondências e
desviavam seus conteúdos, em especial drogas sintéticas enviadas
ilegalmente do exterior para o Brasil”, explicou, em nota, a assessoria
do órgão.
A prisão temporária perderia efeito no domingo (3), por isso o pedido dos investigadores foi encaminhado à 12ª Vara da Justiça Federal na última sexta-feira (1º).
A prisão temporária tem duração de cinco dias, prorrogáveis por mais
cinco, e ocorre durante a fase de investigação do inquérito policial,
para coleta de provas. A preventiva, prevista no Código de Processo
Penal, não tem prazo pré-definido e pode ser decretada em qualquer fase
da investigação policial. A medida é adotada quando há evidências de
crime, para evitar que o réu continue a atuar fora da lei ou atrapalhe o
andamento do processo.
Os investigados foram indiciados pelos crimes de peculato e
associação criminosa. A denúncia partiu da própria empresa que
identificou as irregularidades e acionou a PF.
Em nota, os Correios explicaram que os empregados terceirizados
envolvidos no esquema serão desligados, enquanto os concursados serão
submetidos à corregedoria interna.
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