"Agora, no Brasil, vamos iniciar um verdadeiro combate ao vírus da
zika", disse a presidente. "Se ainda hoje nós não temos uma vacina,
temos certeza de que iremos ter, mas vai levar um tempo. A melhor vacina
contra o vírus da zika é o combate de cada um de nós, do governo, mas
também da sociedade, eliminando todos os focos nos quais o mosquito vive
e se reproduz."
O zika vírus, que está associado ao aumento de casos de
microcefalia no país, é transmitida pelo Aedes aegypti, o mesmo mosquito
que transmite a dengue.
O Brasil teve, no ano passado, um número recorde de casos de dengue. Foram mais de 1,6 milhão de casos e 863 mortes.
O mosquito já foi erradicado no Brasil, mas voltou a circular há pelo
menos 30 anos - a primeira grande epidemia de dengue deste período foi
em 1986.
Já o vírus da zika foi identificado no país pela primeira vez
em 2015 e gera preocupação por estar associado a microcefalia em fetos.
Até o momento, foram notificados 3.893 casos no país.
O governo
anunciou nesta semana uma força-tarefa com 220 mil homens das Forças
Armadas para visitar domicílios em todo o país e entregar panfletos.
"A fêmea, por exemplo, põe 400 ovos. Quanto mais água, mais esse
mosquito se reproduz, e nós não podemos deixá-lo nascer. Então vai ser
um combate casa a casa, em que o governo vai colocar extremo empenho",
disse Dilma.
A ação visa conscientizar a população para que evite acúmulo de
água limpa e parada, onde o mosquito se reproduz. Especialistas ligam,
porém, o avanço do Aedes ao processo de urbanização do país com
deficiências de fornecimento de água e sistema de esgoto.
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