Um estudante de medicina, de 23 anos, foi assassinado com quatro tiros
na madrugada deste sábado (30) enquanto estava dentro de uma boate, na
cidade de Barra do Garças,
a 516 km de Cuiabá. De acordo com a Polícia Civil, um policial militar
de Goiás foi preso suspeito de cometer o crime. O estudante Maurício
Rodrigues Pinheiro era filho de um agente da Polícia Federal de Barra do
Garças. As motivações do assassinato ainda não ficaram esclarecidas.
Em nota, a Polícia Federal lamentou o ocorrido e disse que presta apoio
ao policial federal Maurício de Carvalho Pinheiro, pai do estudante. O
policial militar Paulo César de Souza Guirra, de 37 anos, atua na cidade
de Aragarças (GO) e negou à Polícia Civil ter cometido o crime.
As testemunhas disseram à Polícia Civil que o policial militar chegou
na boate e atirou contra o estudante, que dançava no local. “A versão
dele [do policial] é uma coisa e a versão das testemunhas é outra. Ele
diz que teria sido agredido pela vítima, mas é uma versão isolada e tudo
aponta ao contrário”, informou o delegado Joaquim Leitão Júnior.
Algumas testemunhas relataram que viram o policial militar abraçar o
estudante por trás, como se fosse amigo dele, e em seguida já atirou
contra a vítima, provocando correria e pânico no local. Nenhuma outra
pessoa se feriu. As informações preliminares da perícia indicaram que
Maurício foi morto com quatro tiros. Ele estava com marcas de tiros nas
costas, no tórax e um na mão.
“Ele [o policial] chegou atirando e teria feito uma ameaça do tipo 'não
mexer mais com policial'. Ele deu azar porque tinham policiais à
paisana no local e o imobilizaram logo após os disparos. A arma [usada
no crime] era particular e ele tinha registro”, declarou Júnior. De
acordo com o delegado, a marca de tiro na mão indica que Maurício teria
tentado se defender, colocando a mão na frente.
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