quinta-feira, março 31, 2016

Ministros do PMDB tentam ficar nos cargos e apelam a Renan.

A imposição do diretório nacional do PMDB para seus membros deixarem os cargos no governo Dilma Rousseff foi ignorada nessa quarta-feira, 30, pelos ministros da legenda. A moção aprovada anteontem determinava a “imediata saída”. A tendência, contudo, é de que os peemedebistas, que atualmente ocupam o primeiro escalão do governo, coloquem nas mãos de Dilma a decisão sobre a permanência nos cargos.

Esse entendimento foi discutido ontem em encontro realizado entre a presidente e alguns dos ministros do partido, que pretendem ficar no governo. “Nós discutimos com a presidenta e fizemos algumas avaliações do cenário. Voltaremos a ter um encontro com ela até sexta-feira para dialogar sobre esse tema”, afirmou ao Estado o ministro dos Portos, Hélder Barbalho.

O ministro é filho do senador Jader Barbalho (PA), fundador do PMDB e um dos principais críticos à decisão pelo desembarque. Sobre a influência que a decisão do PMDB terá na permanência dos ministros, Hélder respondeu: “Pergunte para quem esteve lá, eu não estive”.

Entre os critérios que deverão ser pesados na decisão de Dilma pela manutenção dos ministros do PMDB está o potencial de votos de cada um contra o processo de impeachment. Segundo integrantes do governo, até sexta-feira, a presidente também deverá ter definido o mapa de um novo bloco de apoio de partidos da base aliada. Entre as siglas que podem ter os espaços ampliados com os ministérios do PMDB estão PP, PR e PSD.

Além do ministério de Portos, o PMDB comanda atualmente as pastas de Minas e Energia, Agricultura, Saúde, Ciência e Tecnologia e Aviação Civil. Na véspera do encontro do diretório do partido, Henrique Eduardo Alves, indicado pelo vice-presidente Michel Temer, deixou o Turismo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário