Depois de um fim de semana tenso, em que
mais de 200 manifestantes foram presos em várias cidades dos Estados
Unidos, as autoridades estão reforçando as ações policiais com carros
usados em situações de guerra e utilização de gás lacrimogêneo. O
objetivo é evitar o bloqueio de estradas em manifestações e prevenir
atentados, como o que matou cinco policiais na última quinta-feira (7),
em Dallas, no Texas.
Milhares de manifestantes saíram às ruas
nas principais cidades, no fim de semana, para protestar contra as
mortes de dois homens negros pela polícia terça-feira (5) e quarta-feira
(6) da semana passada. Os dois homens – Philando Castile, nos arredores
de Saint Paul, no estado de Minnesota, e Alton Sterling, em Baton
Rouge, em Louisiana – foram mortos a tiros por policiais brancos.
A ação dos policiais está provocando
passeatas de protestos em muitas cidades. Uma delas, que transcorria de
maneira pacífica, em Dallas, quinta-feira (7), foi interrompida pela
ação de um veterano de guerra do exército norte-americano. Alegando que
estava se vingando dos “brancos”, ele matou cinco policiais que faziam
parte do cordão de segurança que protegia a manifestação.
A maior parte das prisões – 102 –
aconteceu em Saint Paul, Minnesota, sábado à noite, depois que
manifestantes reagiram à ordem dos policiais para desobstruir uma
estrada interestadual. Em consequência, 21 policiais saíram feridos no
confronto. Mas, em Baton Rouge, Louisiana, também houve prisão de mais
de 100 pessoas por se negarem a desobstruir as ruas da cidade. Por terem
sido os locais onde Philando Castile e Alton Sterling foram mortos pela
policia, Saint Paul e Baton Rouge são hoje o centro de tensão racial
dos Estados Unidos.
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