As 82 perguntas enviadas pela Polícia Federal ao presidente Michel
Temer mostram que uma das estratégias dos investigadores é tentar
comprovar, pela palavra do próprio presidente, trechos da gravação da
conversa com um dos donos da JBS, Joesley Batista, que está sendo
colocada em dúvida pela defesa do peemedebista.
Caso a gravação, que passa por perícia na PF, seja descartada como
prova, os investigadores poderiam usar as declarações de Temer.
Nesta terça-feira (6), o ministro do STF Edson Fachin estendeu o prazo para as respostas até as 17h de sexta (9).
A Folha apurou que o presidente responderá parcialmente às
perguntas e deve ignorar aquelas referentes ao áudio gravado pelo
empresário, uma vez que o argumento central da defesa do presidente é de
que o conteúdo foi “manipulado” e “fraudado”.
Temer também não deve se posicionar sobre questões de caráter pessoal
e referentes a período anterior ao atual mandato, entre elas, em
relação à última campanha presidencial e à sua opinião sobre episódios
citados na delação premiada da JBS.
Para assessores e auxiliares presidenciais, o teor das questões é uma
tentativa de desgastar a imagem de Temer e mostraria que o processo
deixou de ser jurídico para se transformar em político.
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