O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, reforçou o pedido de
prisão preventiva do senador afastado Aécio Neves (PSDB-MG) nesta
sexta-feira, 9. Janot também se manifestou pela manutenção das prisões
da irmã de Aécio, Andrea Neves, do primo, Frederico Pacheco, e do
assessor parlamentar e cunhado do senador Zezé Perrella (PMDB-MG),
Mendherson Souza Lima.
Janot defende que, devido a alta gravidade do delito e o risco de
reiteração, a prisão preventiva é “imprescindível para a garantia da
ordem pública”. Segundo ele, “são muitos os precedentes do Supremo
Tribunal Federal que chancelam o uso excepcional da prisão preventiva
para impedir que o investigado, acusado ou sentenciado torne a praticar
certos delitos enquanto responde a inquérito ou processo criminal, desde
que haja prova concreta do risco correspondente”.
Para o procurador-geral, as gravações e interceptações telefônicas
autorizadas por Fachin no acordo de delação do grupo J&S demonstram
que Aécio “vem adotando, constante e reiteradamente, estratégias de
obstrução de investigações da Operação Lava Jato, seja por meio de
alterações legislativas para anistiar ilícitos ou restringir apurações,
seja mediante interferência indevida nos trabalhos da Polícia Federal,
seja através da criação de obstáculos a acordos de colaboração premiada
relacionados ao caso”.
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