As ondas de calor registradas neste verão devem arrefecer
em fevereiro. A previsão é do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).
Segundo técnicos do órgão, os fatores que levaram à elevação da temperatura no
mês passado, especialmente nas regiões Sudeste e Centro-Oeste, perderão
influência e as próximas semanas devem ser marcadas por temperaturas altas, mas
dentro das médias históricas.
Segundo o meteorologista Mamedes Luiz Melo, o tempo quente no Sudeste é
consequência do bloqueio da frente fria que vinha do Sul e que normalmente
provocava chuvas na região. Entretanto, esse bloqueio tende a perder força
neste fim de semana, facilitando as chuvas e, consequentemente, temperaturas
mais amenas.
Nesta semana, o Rio de Janeiro chegou a bater mais de 40ºC, com sensação
térmica de 46ºC. O mês de janeiro foi recorde em temperaturas elevadas na
capital fluminense e no estado do Rio de Janeiro, com média de 37,4ºC,
superando as médias máximas encontradas em janeiro de 1984 (36,4ºC) e de 2014
(36,7ºC), que eram as mais altas até hoje. No estado do Rio de Janeiro, as
médias de temperatura máxima no primeiro mês do ano foram observadas em Santa
Cruz e Seropédica (37,4ºC), Rio Bonito (37,3ºC) e Realengo (37,2ºC). Em todos
esses lugares, a média ficou em torno de quatro pontos acima do esperado.
Em Brasília, por exemplo, janeiro foi o terceiro mês com menos chuva desde
o início da medição, em 1961, logo após a criação da cidade, segundo dados do
Inmet. A média foi de 74,3 milímetros, menos da metade do ano anterior, quando
ficou em 150,6 milímetros. O índice foi apenas 18% do registrado em 2016, que
ficou em 400 milímetros.
Já no tocante à temperatura, a máxima de janeiro na capital federal foi de
31,4ºC. O registro foi maior do que o ano anterior (30,9ºC), mas um pouco
inferior a 2017, quando a máxima chegou a 32,2ºC. Na temperatura média, a
comparação entre os anos também mostra grande calor em janeiro de 2019, mas ainda
abaixo da média de 2017.
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