terça-feira, março 12, 2019

Acusado de atirar em Marielle comprou caixa para enterrar fuzis e pesquisou sobre silenciador e submetralhadora.

Dados de buscas feitas na internet pelo PM reformado Ronnie Lessa, acusado de atirar na vereadora Marielle Franco, foram fundamentais para embasar a investigação da força-tarefa da Polícia Civil e do Ministério Público que culminaram nas prisões desta terça (12).

O histórico de buscas que consta na denúncia que o MP ofereceu à Justiça mostra que Ronnie pesquisou o endereço de Marielle, informações sobre a submetralhadora HK MP5 - a utilizada no crime - e informações sobre um silenciador para esta arma. Também pesquisou sobre como usar um bloqueador de sinais de GPS e celulares.

Os investigadores também descobriram que ele comprou pela internet um um equipamento para a placa do carro não ser pega em radares e uma caixa impermeável para enterrar armas de até 114 cm. 

Na análise de uma das contas de email de Ronnie, a polícia encontrou uma foto dele com uma luva preta no braço - na foto e em outras dá pra ver que ele tem tatuagens.

O relatório diz que há indícios inequívocos de que o atirador usou a luva para cobrir o braço e assim ocultar a cor da pele e a tatuagem. Uma testemunha chegou a dizer que o atirador tinha o braço forte e era da cor negra.

Mas o relatório diz que a testemunha se equivocou e que claramente o atirador não é negro que usou a luva para evitar ser reconhecido.

Na entrevista coletiva, as promotoras disseram que na imagens que captaram os momentos em que os assassinos fazem a tocaia antes da perseguição ao carro da vereadora dá pra ver um braço, sem luva.

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