terça-feira, março 12, 2019

Pesquisa aponta que transporte público é ambiente favorável ao assédio.

De cada dez mulheres, quatro (40%) avaliam o transporte público como o lugar onde elas mais correm risco de sofrer algum tipo de assédio. Outras 25% já sofreram assédio no transporte coletivo. É o que mostra a Pesquisa Mulher- Viver na Cidade, da Rede Nossa São Paulo em parceria com o Ibope, divulgada hoje (12), na capital paulista. Para 23% das mulheres, a rua é um local de risco, e 11% temem o assédio em bares e casas noturnas.

A pesquisa entrevistou 416 mulheres de 16 anos ou mais, na cidade de São Paulo, entre os dias 4 a 21 de dezembro de 2018, e constatou que pelo menos 13% já passaram por alguma abordagem desrespeitosa - foi agarrada, beijada ou outra situação sem seu consentimento.

Para o coordenador geral da Rede Nossa São Paulo, Jorge Abrahão, o assédio no transporte público é um problema que está espalhado na sociedade e é importante perceber isso para enfrentar o problema, caso o objetivo seja desenvolver campanhas educativas, ter mais fiscalização, treinar os cobradores e motoristas de ônibus, para ter maior velocidade nesse enfrentamento.

“O transporte coletivo é o espaço que o assédio mais ocorre porque não temos feito nada para mudar essa situação. Não temos tido nenhuma discussão na sociedade, campanha. A pesquisa mostra que o assédio no transporte público está aumentando, mas acreditamos que está havendo uma consciência maior das mulheres. Podemos supor que esse é um problema grande, que já existe, e cada vez mais, com encorajamento maior, apareça mais isso”, disse.

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