Quem pretende doar sangue em agosto e ainda precisa tomar a vacina
contra o sarampo deve escolher primeiro a doação. É que o protocolo de
triagem dos candidatos determina que aqueles que forem vacinados contra o
sarampo devem aguardar 28 dias para que estejam novamente aptos a doar.
Agosto, por fazer parte do inverno, é um dos meses do ano em que a
quantidade de doações cai. A Fundação Pró-Sangue é uma instituição
pública ligada à Secretaria da Saúde do Governo do Estado de São Paulo e
ao Hospital das Clínicas.
Segundo informações da Pró-Sangue, desde que o governo de São Paulo
iniciou a campanha de vacinação contra a doença, os hemocentros estão
registrando aumento de recusa dos candidatos por esse motivo, o que se
reflete no estoque, que está com 40% do volume necessário para abastecer
100 instituições de saúde da rede pública. Os tipos sanguíneos mais
críticos, sem condições de abastecimento são O-, A+ e A-. Os tipos o+ e
B- garantem o abastecimento por um dia.
A médica responsável pelo setor de triagem de doadores e coleta de
sangue da Pró-Sangue, Sandra Camargo Montebello, explicou ontem (9) que
os 28 dias de intervalo entre a vacinação e a próxima doação são
necessários porque a vacina é feita com vírus vivos atenuados, o que
significa que o receptor do sangue pode ficar doente por receber algum
resquício dos vírus.
"Há um grupo de pessoas que não pode tomar a vacina e nem receber
esses vírus por meio de transfusão. Mulheres grávidas e pessoas imuno
comprometidas que tenham alguma doença que cause imuno supressão não
podem receber esse sangue. O sangue da pessoa recém vacinada pode causar
problemas para esses indivíduos, ou seja, causar infecção, desenvolver a
doença. Mulher grávida pode ter problemas com o feto", disse.
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