A Relatoria para a Liberdade de Expressão da Organização dos Estados Americanos (OEA) divulgou um guia
com recomendações sobre como lidar com a desinformação em contextos
eleitorais. O intuito é fornecer subsídios às autoridades dos
Estados-membro da organização para lidar com o problema e evitar que
esses conteúdos interfiram nos pleitos dessas nações.
A desinformação é definida no documento como a “disseminação massiva
de informação falsa com o objetivo de enganar o público com o
conhecimento de seu caráter falso”. De acordo com especialistas, esse
tipo de ação é potencializada em cenários de intensa polarização
política, com os conteúdos falsos servindo de reforço de posições
políticas, reproduzindo o que pesquisadores chamam de “câmaras de eco”.
Outro fator que estimula a difusão dessas mensagens é o modelo de
negócio das plataformas digitais ancorado na publicidade online, baseado
na segmentação a partir da coleta e do tratamento de dados.
A desinformação, segue o guia, não é um fenômeno espontâneo, mas
possui agentes por trás. “Pesquisas mostram que esses atores são
diversos, de Estados buscando influenciar eleições em outras nações a
grupos privados com motivações econômicas (contratados para fazer
campanhas de desinformação) ou políticas (que promovem essas campanhas
para influenciar eleições)”, observam os autores.
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