Um grupo de pesquisadores da Universidade Federal de Minas Gerais
(UFMG) desenvolveu uma potente vacina contra a dependência química em
cocaína que também pode ser estendida a indivíduos viciados em crack. A
droga sintetizada chega para enfrentar o enorme número de pessoas que
consomem cocaína em nosso país, sobretudo nas capitais, como Belo
Horizonte.
Pesquisas indicam a existência de 2 milhões de usuários (em torno de
1,75% da população adulta brasileira) – 29 mil só na capital mineira.
Para comparação, de acordo com o Escritório de Drogas e Crimes da
Organização das Nações Unidas (ONU), a média mundial de adultos viciados
é de 0,4% – cerca de 19 milhões de indivíduos.
A vacina estimula a produção de anticorpos contra a cocaína através
de uma molécula que age no sistema imunológico. Os anticorpos capturam a
substância química antes dela chegar ao cérebro. No caminho, modificam
sua forma e reduzem os efeitos, como a sensação de euforia que vem com a
liberação da dopamina, responsável pelo prazer. Sem isso, a vontade de
consumir a droga diminui consideravelmente.
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